Estou a viver a minha liberdade. Sem julgamentos, principalmente meus. Sem preconceitos, principalmente meus. É incrível como uma viagem te transforma e te dá as ferramentas para descobrires um pouco mais sobre ti (se assim estiveres predisposto). Na tua essência e verdade. Só tens de ter coragem para te lançares na tua re-descoberta, colocando em causa todas as verdades irrefutáveis que um dia quiseste que fossem tuas.
Duas cidades, muito hiking e um país surpreendente por descobrir.
Faz hoje uma semana desde que aterrei na Nova Zelândia. Depois de 2 dias de viagens, 4 voos apanhados e mais de 27h dentro de aviões, cheguei a Queenstown, a primeira paragem deste ano por Kiwi Land. O cansaço era muito quando cheguei ao hostel, por isso, deixei a minha mochila de 70L com 18 kgs no quarto e fui num instante ao supermercado comprar o básico para um jantar rápido e para o pequeno-almoço do dia seguinte, comi e deitei-me. Estava em piloto automático, mas deu para sentir cada grau negativo que a cidade me brindou à chegada.
Últimas horas a pisar a calçada portuguesa. Últimos momentos a sentir-me enraizada na cultura da minha natureza. Mas mais importante do que o chão que piso e do cheiro que conheço, as pessoas que abraço. Os beijos que dou. Os sorrisos de ansiedade e nervos que troco com quem amo.
As palavras escasseiam quando sentes o teu corpo a flamejar e cheio de adrenalina. Não tens muito tempo para pensar nos “e se”, mas tens tempo para te orgulhares de todos os passos que deste até ao dia de hoje. Vives cada segundo como se fosse o último. E, bem, na verdade será o último até daqui a um ano. Muitos cafés ficaram por tomar. Palavras ficaram por dizer. Abraços por dar. Nada foi suficiente nem nunca o seria. O essencial vai comigo. A certeza de que esta será a maior aventura por que passei até hoje.
Vou “sozinha acompanhada”. Escolhi partilhar a minha aventura contigo, por aqui. Para poder pensar e expressar tudo o que vivo a milhares de quilómetros daqueles com quem compartilho vida, mas também para te trazer todas as minhas aventuras numa terra desconhecida.
Nunca te impeças de voar por medo. Vai, e vai com medo. Vai, e vai cheio de garra. Tudo o que viveres tornar-se-ão histórias incríveis que contarás um dia.
Voltamos ao contacto por aqui quando recuperar dos 4 voos que fizer e das mais de 48h de viagem até ao destino final, Queenstown, a primeira paragem do meu gap year.